Padrões Europeus de Qualidade na Prevenção de Drogas: um manual para profissionais na área da prevenção
“Prevenção” é uma das primeiras questões a ser mencionada no debate público das drogas, mas mostras sobre o que resulta na prática para prevenir o uso de drogas é muitas vezes ignorado. Hoje, a EMCDDA lança o primeiro Guia Europeu “Como Fazer” sobre a direcção de formas prevenção de drogas de alta qualidade. Com o título de Padrões Europeus de Qualidade na Prevenção de Drogas: um manual para profissionais na área da prevenção, irá ser apresentado numa conferência internacional apresentado pela agência de Lisboa esta semana.
Desenvolver e implementar melhores práticas de prevenção de drogas na Europa são objectivos estabelecidos pela actual estratégia e plano de acção da EU para as drogas. Seguindo esses objectivos, o manual é o culminar de um projecto de dois anos para a avaliação da orientação existente nesta área e para ir ao encontro da necessidade de um quadro europeu comum para desenvolver a prevenção na EU.
Com o apoio da Comissão Europeia, o projecto é o resultado da colaboração entre as sete organizações da “Parceria de Padrões de Prevenção” e do trabalho próximo com a EMCDDA. Aproximando ciência, política e prática, mais de 400 peritos e investidores internacionais, europeus e nacionais contribuíram para o desenvolvimento de padroes através de um processo dinâmico envolvendo focus groups, consultoria e estudos.
O Director da EMCDDA, Wolfgang Götz diz: “O novo manual sumariza as descobertas actuais sobre como conduzir boa prevenção na EU. O objectivo de padrões de qualidade não é o de estandardizar a prática da prevenção na Europa, mas sim alcançar um nível similar de alta qualidade, enquanto se reconhece a diversidade da intervenção”.
“Implementar correctamente medidas de prevenção a partir de componentes baseados em descobertas ajudará a reforçar a eficácia e eficiência do investimento e irá evitar efeitos nocivos acidentais”.
Os padrões são concebidos para interessar todos os profissionais que, directa ou indirectamente, contribuem para a prevenção de drogas (ex: psicólogos, assistentes sociais, professores, decisores políticos, gestores de serviços, forças policiais). Eles traçam os passos a tomar quando planeiam, conduzem ou avaliam os programas de prevenção de drogas e podem ser usados como uma estratégia informativa de prevenção, melhorar o desenvolvimento profissional e avaliar e desenvolver as organizações que fornecem serviços de prevenção.
Os padrões podem ser aplicados a um amplo campo de actividades de prevenção de drogas (ex.: educação, trabalho de proximidade); locais (ex.: escola, comunidade, família, recreação, justiça criminal) e populações-alvo (ex.: alunos, jovens ofensores, famílias), qualquer que seja a duração do programa.
Um projecto cíclico de 8 estádios é estabelecido no manual, contendo: necessidades de avaliação; recursos de avaliação; formulação de programas; concepção da intervenção; intervenção e monitorização; avaliações finais; e disseminação e desenvolvimento.
O manual inclui cenários reais e dicas para usar os padrões e é complementado com um website com ferramentas adicionais.